O objetivo deste texto é o de interpretar o território usado na América do Sul a partir da política praticada pelo governo brasileiro através dos convênios estabelecidos entre o BNDES e a ALADI, por meio do financiamento da ampliação e melhoria dos sistemas de engenharia nos territórios nacionais sul-americanos. A implantação seletiva de macrossistemas técnicos promovida por empresas brasileiras, muitas vezes visa atender os interesses dos governos nacionais, mas, também, busca atender o imperativo da aceleração dos fluxos do período atual, uma exigência das grandes corporações globais para se instalar nos territórios de países subdesenvolvidos, ou seja, atendem aos impulsos globais dos agentes hegemônicos. Assim, entendemos que a realidade das formações socioespaciais latino-americanas (dos maiores e menores países) seria uma constante dialética entre fatores internos e fatores externos.

GALLO, Fabrício. Território usado e modernização seletiva nos territórios nacionais sul-americanos: a ação geopolítica do Estado brasileiro através de convênios entre o BNDES e a ALADI. Estudos Geográficos (UNESP), v. 10, p. 72-82, 2012.