As agências transnacionais de notícias surgiram no século XIX e, desde então, operam como “atacadistas” globais de notícias e comandam os fluxos de informações noticiosas pelo mundo. Com a reorganização da divisão do trabalho informacional no atual período, houve uma adaptação das agências transnacionais e um aumento do uso de suas informações nos círculos de notícias no território brasileiro. Nesse sentido, o presente trabalho pretende contribuir na análise, a partir do território usado, das hierarquias dessas redes informacionais e das transformações e permanências na histórica centralização do comando dos círculos de informação. Para tanto, analisamos o status da variável informação e os usos atuais do território, realizamos uma investigação da gênese e expansão das redes dessas agências, uma análise mais detida dessa dinâmica no período da globalização e uma problematização das repercussões do comando dos círculos informacionais por essas agências para a reorganização do território brasileiro, sobretudo a partir dos eventos, da psicosfera e da noção de alienação do território.