Esta pesquisa busca analisar as dinâmicas sócio-territoriais na cidade atual. Para tanto, pretendemos contribuir para o entendimento da conformação e da espessura dos circuitos de rádio FM e produção fonográfica em Campinas. O circuito FM em Campinas se insere no campo da indústria cultural desde a década de 1970, tendo se expandido no contexto de urbanização e metropolização crescentes no Brasil. Hoje este circuito integra um sistema maior, atrelado à estratégias verticais de uso do território. Observamos que em contrapartida ao circuito FM, certo componente musical residual nos lugares envolve, entre outros, a produção alternativa e as rádios livres. Envolvidos por uma divisão técnica e territorial do trabalho dinamizada por círculos ascendentes de informação, esses circuitos mais territorializados sobrevivem à cisão e fragmentação urbanas. Trata-se, pois, de um estudo de Campinas enquanto um lugar que abriga densidades técnica, informacional e comunicacional. Problematizamos as condições geográficas contemporâneas de vida nesta cidade, indagando sobre o componente comunicacional no uso do território.