A fragmentação geográfica da produção somada à necessidade de uma rápida reposição de estoques com maior freqüência e segundo prazos cada vez mais curtos, tanto na indústria quanto no varejo, torna a busca pela maior fluidez da circulação uma imposição para a sobrevivência das empresas. Fato que, no Brasil, é acentuado com a abertura da economia, impondo uma maior competitividade às empresas, e com as mudanças no consumo advindas com a estabilização da moeda brasileira após 1994, incluindo sua expansão social e territorial. Em resposta a este verdadeiro imperativo, tem ocorrido a ascensão das atividades  voltadas ao planejamento, ao controle e à gestão dos fluxos da logística de distribuição. De um lado, observamos a redefinição da logística empresarial e, de outro, acompanhamos a formação de uma nova organização produtiva do território em que os meios materiais e normativos passam a constituir arranjos que tendem a ampliar a vida de relações entre os lugares. No âmbito deste processo, os atacadistas distribuidores de produtos de mercearia básica continuam exercendo um papel significativo na intermediação entre a indústria e o pequeno varejo. As modernizações do atacado brasileiro acompanham um novo arranjo dos circuitos espaciais da produção e possibilitam uma maior vida de relações entre as cidades, o que contribui para o curto-circuito das redes urbanas regionais e confirma o elo existente entre os dois circuitos da economia urbana brasileira. Estas modernizações incluem o ganho de eficácia nas operações logísticas por meio da adoção de novas tecnologias e métodos organizacionais e novas relações de cooperação, sobretudo, com o pequeno varejo por intermédio da prestação de diversos serviços e pela gestão de redes de negócios que reafirmam seu papel de elo entre os dois circuitos da economia urbana brasileira.