Campinas-Brasil

ISSN 1980-4407

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Sistemas cristalinos: nomenclatura e convenções

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Daniel Atencio
Instituto de geociências - univ. de são paulo, rua do lago, 562 – 05508-080 - são paulo - sp – brasil.
datencio@usp.br

Andrezza de Almeida Azzi
Instituto de geociências - univ. de são paulo, rua do lago, 562 – 05508-080 - são paulo - sp – brasil.
andrezzazzi@gmail.com

Abstract: Crystal systems are presented in crystallography introductory books according to the set of symmetry elements and with respect to the axial orientation. However, what is fundamental for the crystal system definition is only the symmetry elements set and not the axial orientation. Some of the names applied to crystal systems are actually connected to the symmetry elements: trigonal, tetragonal, and hexagonal. The other systems have names related to the axial orientation: cubic, orthorhombic, monoclinic, and triclinic. It seems logical to think that the triclinic crystals are those that have all angles different from 90o and that the monoclinic crystals are those that present only one angle different of 90o, which is not always the case. "Diclinic" crystals, with one angle equal to 90o and two different, also exist, and are grouped with the triclinic ones, because they present the same crystal classes. The conventions for nomenclature of crystalline systems could be more logical. One option would be to use names for all systems, which relate to the symmetry elements. The cubic system would be called tetra-trigonal system, the orthorhombic system would be called tri-digonal system, the monoclinic system would be called digonal system and the triclinic system could be renamed monogonal system. These four names are logical and technically correct, unlike those that are officially used.

Keywords: Keywords: crystal systems, axial orientation, diclinic system, crystallographic nomenclature, symmetry elements.

Resumo: Os livros de introdução à cristalografia apresentam os sistemas cristalinos de acordo com o conjunto de elementos de simetria e as orientações axiais dos cristais. Entretanto, o que é fundamental para a definição do sistema cristalino é apenas o conjunto dos elementos de simetria e não as orientações axiais. Alguns dos sistemas cristalinos possuem seus nomes relacionados aos elementos de simetria, como é o caso dos sistemas trigonal, tetragonal e hexagonal. Os outros sistemas cristalinos, no entanto, têm seus nomes relacionados à orientação axial: cúbico ou isométrico, ortorrômbico, monoclínico e triclínico. Parece lógico pensar que os cristais do sistema triclínico são aqueles que possuem todos os ângulos diferentes de 90° e que os cristais do sistema monoclínico possuem dois ângulos iguais a 90° e apenas um ângulo diferente de 90°, o que não é sempre o que ocorre. Cristais "diclínicos", com dois ângulos diferentes de 90° e um ângulo igual a 90° também existem! Mas são agrupados no sistema triclínico, pois apresentam grupos pontuais equivalentes. As convenções de nomenclatura dos sistemas cristalinos poderiam ser mais lógicas. Uma opção seria utilizar para todos os sistemas cristalinos a nomenclatura referente aos elementos de simetria. Como resultado o sistema cúbico seria denominado sistema tetra-trigonal, o sistema ortorrômbico seria sistema tri-digonal, o sistema monoclínico passaria a ser denominado sistema digonal, e o sistema triclínico seria chamado sistema monogonal. Ao contrário dos nomes que são utilizados oficialmente, esses quatro nomes sugeridos são mais lógicos e tecnicamente corretos.


Palavras-chave: sistemas cristalinos, cruz axial, sistema diclínico, nomenclatura cristalográfica, elementos de simetria.

http://dx.doi.org/10.20396/td.v13i3.8651222


 

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