“… aqui algumas poucas cartas geográficas do litoral norte paulista extraídas dos magníficos álbuns cartográficos realizados na oficina do cosmógrafo João Teixeira Albernaz entre 1630/1640.”

“Entre 1636 e 1637, ainda no regime filipino, foram criadas as vilas de São Sebastião da Terra Firme e a Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Passados 100 anos, a região contava com + de duas dezenas de engenhos, produzindo açúcar, aguardente, arroz, goma, azeite de baleia, canoas e madeiras entre outros gêneros de abastecimento. Zona de fronteira, ela abastecia tanto o porto de Santos como o do Rio de Janeiro, até que o governador de SP proibiu a navegação de cabotagem para o RJ.”

“Depois da Lei Feijó de 1831, a região transformou-se num entreposto de desembarques clandestinos de africanos deportados. Não por acaso, nessa zona, há uma concentração expressiva de comunidades quilombolas e de cemitérios de afrodescendentes.”

Iris Kantor possui Graduação no Departamento de História na Universidade de São Paulo (1986); defesa de Mestrado em 1996 e de Doutorado em 2002, ambas no Programa de História Social da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (USP). Integrou o quadro de docentes da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo entre 1992-2002; e, desde 2003, é docente concursada no Departamento de História na Universidade de São Paulo, sendo responsável pelas disciplinas de História Ibérica, História da Historiografia Colonial Brasileira e História da Cartografia Ibero Americana. Bolsista Produtividade do CNPq (PQ 2) desde 2009; participa do comitê executivo do E- Journal of Portuguese History da Universidade de Brown. Coordenadora do Laboratório de Estudos de Cartografia Histórica da Cátedra Jaime Cortesão e do LABIEB (USP). Participa do Conselho Acadêmico da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, e representa a FFLCH no Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, integra o grupo de pesquisa cadastrado no CNPq Ciência, império e viagens (2013). Desde 2014 é membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Fonte: Texto publicado na rede social do professora Iris Kantor.