A contagem dos votos do Instituto Nacional Eleitoral mexicano contabilizou que Sheinbaum obteve entre 57,6% e 60,6% dos votos até as 17h15 (horário de Brasília). A opositora Xóchitl Gálvez, que admitiu a derrota, teria conquistado entre 26,4% e 29,4%.
Na eleição de 2018, o Movimento Regeneração Nacional (Morena) conquistou seus primeiros 4 governadores. O PRI teve 12 e o PAN 11. Com os resultados da eleição de 2024, Morena foi imposta em todo o país com 23 governadores e ficou atrás do PAN e do PRI com 4 e 2, respectivamente. Mostrando a configuração de um novo mapa político do México (Figura1).

A candidata do governo Claudia Sheinbaum venceu a eleição presidencial do México neste domingo (2). Apadrinhada pelo atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, Sheinbaum será a primeira mulher a assumir o cargo no país.
A vitória é indicada pela contagem preliminar dos votos do Instituto Nacional Eleitoral (INE), a principal autoridade eleitoral do país. Com 91,1% das urnas apuradas às 17h15 (horário de Brasília), Sheinbaum obteve entre 57,6% e 60,6% dos votos na contagem do INE. Na sequência, a opositora Xóchitl Gálvez conquistou entre 26,4% e 29,4%, ainda de acordo com a projeção. A porcentagem representa 31,9 milhões de votos conquistados por Sheinbaum.
O modelo de contagem adotado pelo INE estima o resultado da eleição com base em uma amostra representativa da votação em todo o país, a partir de dados de locais de votação de todo o país. A margem de erro é de 1,5% para baixo e 1,5% para cima, segundo o próprio instituto.
A opositora Xóchitl Gálvez já reconheceu a derrota em discurso para sua base e disse ter ligado para Sheinbaum, para dar os cumprimentos para a governista.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também parabenizou Sheibaum.
“Espero trabalhar de maneira próxima com a presidente eleita Sheinbaum no espírito de colaboração e amizade que reflete os laços duradouros entre os dois países”, declarou.
O presidente Lula também parabenizou a mexicana e disse estar feliz pelo fato de a vitoriosa ser aliada de López Obrador “e por ser uma mulher também”.
Em discurso após a votação, Claudia Sheinbaum afirmou ter se tornado “a primeira mulher presidente do México em 200 anos de república”.
“Não chego aqui sozinha. Chegamos todas. Com nossas heroínas que nos deram a pátria, nossas ancestrais, nossas filhas e nossas netas. (…)Conseguimos mostrar que México pode realizar eleições pacíficas”, disse.
Também no discurso, ela prometeu um governo com “austeridade republicana e disciplina financeira fiscal. Garantiu, no entanto, que “não haverá aumento real a combustíveis e eletricidade”.
“Nosso governo será honesto, sem corrupção e sem impunidade. Respeitaremos a liberdade empresarial e facilitaremos o investimento privado nacional e estrangeiro, garantindo, sempre, o respeito ao meio ambiente”.
A posse de Sheinbaum ocorrerá apenas em 1º de outubro. Até lá, López Obrador segue presidindo o país.