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A história islâmica e o Brasil – Reflexões, vida islâmica e milagres científicos

Longe de ser uma teorização iniciada com Newton, no século XI o polímata persa Ibn Sina (Avicena), já havia expandido a teoria gravitacional do grego Filopono, e corrigido suas noções, sobre a gravidade e movimentação de projéteis. Outro polímata persa do século XI, Al-Biruni, propôs que os corpos celestes têm massa, peso e gravidade, assim como a Terra. Ele criticou Aristóteles por manter a visão de que apenas a Terra teria essas propriedades, propondo a gravidade como uma lei geral.

Já no século XII, Al-Khazini sugeriu que a gravidade que um objeto contém varia dependendo de sua distância do centro do centro da Terra. Al-Biruni e Al-Khazini estudaram a teoria do centro de gravidade, generalizando-a e aplicando-a a corpos tridimensionais. Eles também fundaram a teoria da alavanca ponderável e criaram a ciência da gravidade, meio milênio antes de Isaac Newton. Métodos experimentais refinados também foram desenvolvidos para determinar a gravidade específica ou o peso específico de objetos, baseados na teoria de balanças e pesagens pelos polímatas muçulmanos.

No século XII, Abu’l-Barakāt al-Baghdādī adotou e modificou a teoria de Ibn Sina sobre o movimento do projétil. Em seu Kitab al-Mu’tabar, Abu’l-Barakat afirmou que o motor transmite uma inclinação violenta ao movido e que isso diminui à medida que o objeto em movimento se distancia do motor. De acordo com Shlomo Pines (1908-1990) estudioso francês de filosofia judaica e islâmica, a teoria do movimento de al-Baghdādī era “a negação mais antiga da lei dinâmica fundamental de Aristóteles, ou seja, que uma força constante produz um movimento uniforme, e é, portanto, uma antecipação de uma forma vaga da lei fundamental da mecânica clássica, ou seja, que uma força aplicada continuamente produz aceleração.

Referências Bibliográficas:

  • McGinnis, Jon; Reisman, David C. (2007). Classical Arabic philosophy: an anthology of sources. Hackett Publishing. p. 174.
  • Espinoza, Fernando (2005). “An analysis of the historical development of ideas about motion and its implications for teaching”. Physics Education. 40 (2): 141.
  • Seyyed Hossein Nasr & Mehdi Amin Razavi (1996). The Islamic intellectual tradition in Persia. Routledge. p. 72.
  • Aydin Sayili (1987). “Ibn Sīnā and Buridan on the Motion of the Projectile”. Annals of the New York Academy of Sciences. 500 (1): 477–482.
  • Starr, S. Frederick (2015). Lost Enlightenment: Central Asia’s Golden Age from the Arab Conquest to Tamerlane. Princeton University Press. p. 260.
  • Rozhanskaya, Mariam; Levinova, I. S. (1996). “Statics”. In Rushdī, Rāshid (ed.). Encyclopedia of the History of Arabic Science. Vol. 2. Psychology Press. pp. 614–642.
  • Pines, Shlomo (1970). “Abu’l-Barakāt al-Baghdādī , Hibat Allah”. Dictionary of Scientific Biography. Vol. 1. New York: Charles Scribner’s Sons. pp. 26–28.

Fonte: Grupo do Facebook – A história islâmica e o Brasil e o mundo & milagres cientificos.

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