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A partilha da China (final do séc. XIX e início do séc. XX)

A partilha da China foi a divisão do território chinês em esferas de influência pelas potências imperialistas – principalmente Grã-Bretanha, Rússia, Japão, França e Alemanha – no final do séc. XIX.

A China há muito era comercialmente atrativa e cobiçada pelas potências europeias, mas o imperador chinês resistia em abrir os portos para a importação, limitando-se à exportação. No entanto, após as Guerras do Ópio entre 1839 e 1860, a China da dinastia Qing já se encontrava em processo de enfraquecimento militar e econômico.

Assim, com a eclosão da Primeira Guerra Sino-Japonesa em 1894 e a vitória japonesa, a China foi obrigada a assinar o Tratado de Shimonoseki, pelo qual cedeu o controle sobre a Coreia, Taiwan e a península de Liaodong para o Japão, além de pagar uma vultosa indenização. Porém, as potências europeias, temendo o crescimento do avanço japonês, se uniram para “ajudar” a China em troca de concessões econômicas.

A Alemanha iniciou o movimento para dividir a China em esferas de influência em 1898: ocupou Tsingtao, arrendou a base naval de Jiaozhou por 99 anos, e obteve a concessão da ferrovia de Shandong. A Rússia exigiu também a construção de ferrovias – ramais da transiberiana para Port Arthur e Dairen – e direitos econômicos sobre a Manchúria. A Grã-Bretanha, já de posse de Hong Kong desde 1842, arrendou o porto de Weihaiwei e o território de Kowloon, além de estender sua influência no rio Yangtze, incluindo Xangai. E a França, por sua vez, alugou Kwangchowan por 99 anos e adquiriu zonas de influência em províncias adjacentes à Indochina francesa.

Entre 1899 e 1901, a Revolta dos Boxers, uma rebelião nacionalista, tomou a China, com vários assassinatos de estrangeiros. Em resposta, as potências imperialistas organizaram uma força militar, sufocaram a rebelião, e obrigaram o governo chinês a reconhecer as concessões territoriais. Com isso, cada país imperialista passava a dominar e explorar o comércio em uma região, de modo a conseguir mercados consumidores e fontes de matérias-primas. Esse processo todo resultaria no fim da era dinástica chinesa, com a fundação da República da China em 1912.

Fonte:
Texto –
Mapas históricos.
Imagem – Encyclopedia of World History- Volume 5.

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