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Intervenção — “Carlos Walter Porto-Gonçalves: A Geografia Decolonial de um Intelectual de Abya Yala”

Por Renato Emerson dos Santos, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio de Janeiro

No dia 6 de setembro de 2023, faleceu o geógrafo brasileiro Carlos Walter Porto-Gonçalves (1949-2023), uma das vozes críticas mais proeminentes do pensamento latino-americano contemporâneo. Em quase 50 anos de carreira como intelectual e ativista – dimensões que considerava indissociáveis ​​– publicou mais de 20 livros em português e espanhol, além de dezenas de artigos em revistas científicas e capítulos em coletâneas editadas. Sua produção raramente foi traduzida para o inglês: Porto-Gonçalves teve ampla circulação principalmente pela América Latina por escolha própria, pois num momento em que os órgãos estatais exigiam a internacionalização da produção acadêmica, ele afirmou criticamente que “ir para a Bolívia, Equador ou Cuba e publicar lá também é internacionalização, não é? Ou será que a internacionalização significa apenas a Europa e os Estados Unidos, onde somos tratados como colónias?”

Uma voz para o pensamento crítico

Carlos Walter Porto-Gonçalves (ou, CW, como alguns de seus interlocutores mais próximos costumavam se dirigir a ele) nasceu e cresceu em um bairro periférico da periferia do Rio de Janeiro. A sua formação pessoal tanto na infância como na adolescência foi marcada, por um lado, pelas limitações materiais impostas à classe trabalhadora. Seu pai era operário de fábrica e sua mãe dona de casa. Isso ocorreu no período de industrialização brasileira – que, como paradigma das economias periféricas, significava que o país era dependente e baseado na hiperexploração da força de trabalho – que transformou a cidade em metrópole. Por outro lado, também vivenciou toda a riqueza cultural dessa mesma classe trabalhadora, então marcada por uma pluralidade étnica e cultural impulsionada pelas migrações de diferentes regiões do país (zona rural, Nordeste, que depois se misturou com a população negra). comunidade e descendentes brancos de imigrantes europeus pobres).

Essas experiências inspiraram seu envolvimento político após ingressar na universidade e, na década de 1970, CW envolveu-se com diversos movimentos e lutas sociais. Num contexto de lutas anticoloniais africanas, participou em cursos com grupos do Movimento Negro. Com as lutas contra a ditadura militar (que chamou de “ditadura civil-militar-empresarial”), entrou em contato com grupos ideológicos marxistas e, apesar de algumas posições iniciais dissonantes, adotou o marxismo como sua primeira grande matriz de pensamento. É neste contexto que se juntou às lutas de associações de moradores e também de grupos de base na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), no final daquela mesma década.

Foi nessa época, atuando como professor de geografia, que CW participou do Encontro Nacional de Geógrafos de 1978, organizado pela Associação dos Geógrafos Brasileiros (da qual viria a ser presidente, no biênio 1998-2000). Num contexto em que o regime ditatorial se enfraquecia e os ativistas e intelectuais exilados começavam a retornar (por exemplo, Milton Santos), este encontro ficou conhecido como o evento mais importante para a virada crítica da geografia brasileira. Na reunião, três disputas se juntaram. Primeiro, a disputa política da sociedade contra a ditadura, com geógrafos conservadores e de direita a favor do regime, e geógrafos progressistas de esquerda contra ele. Em segundo lugar, as disputas epistemológicas da ciência geográfica, contrapondo a defesa da Geografia Quantitativa, chamada de “Nova Geografia”, contra a emergente Geografia Marxista, que defendia que o campo científico deveria adotar posições políticas críticas como base para a sua práxis acadêmica. Em terceiro lugar, as disputas institucionais da própria Associação, que, até então, funcionava como um clube de elite e com poucos associados em todo o país.

Em meio a essa turbulência política que transformou o encontro, CW, pela primeira vez, apresentou seu texto intitulado “A Geografia está em crise: viva a Geografia!” (“A Geografia está em crise: viva a Geografia!”), que foi republicado diversas vezes em livros e periódicos ao longo dos anos seguintes, deixando uma marca duradoura na disciplina pela demanda específica que fez:

A crise que vivemos atualmente não é, portanto, apenas de geografia ou de uma determinada “visão” ou postura teórico-metodológica, mas insere-se numa crise mais geral, cujos sintomas começaram a surgir com a derrota norte-americana no Vietnã. Este facto deve ser mantido por todos aqueles geógrafos que propõem uma produção científica comprometida com uma perspectiva transformadora, com um espaço que é a liberdade dos homens [sic] e não um espaço do capital.

(Porto-Gonçalves 1982 [1978]: 109, tradução nossa).

Algumas das ideias centrais que permearam toda a sua trajetória como intelectual e ativista já haviam aparecido neste texto. Primeiro, que uma geografia transformadora, em vez de se concentrar nas formas espaciais e nas relações do capital, deveria valorizar os sujeitos sociais subalternos e as suas próprias formas de ser e existir – “no espaço” e “com espaço”. Isso foi mais notável no envolvimento da CW, durante a década de 1980, na luta dos seringueiros amazônicos no estado do Acre, assessorando o grupo liderado por Chico Mendes. Os seringueiros buscavam a demarcação de suas áreas de coleta de borracha, mas não como propriedades privadas individuais. Exigiam formas de reconhecer os seus direitos sobre as terras que mantinham os seus usos colectivos. Para isso, era fundamental que a floresta mantivesse sua fauna, sua flora e suas relações ecológicas, que davam sustentação às seringueiras, bem como uma multiplicidade de usos, práticas e significados que os grupos constituíam em sua interação com o meio ambiente. Acompanhando-os na floresta para apoiar suas lutas pela demarcação, ele presenciou como esses sujeitos construíram seus caminhos entrelaçados que, além de extrair o látex para a produção da borracha, possibilitaram um conjunto de relações tanto com a natureza quanto com os demais ocupantes. Foi então que ele indicou que os sujeitos estavam grafitando a terra, imprimindo nela suas marcas e ações, constituindo-se como sujeitos “com” a natureza (e não “vivendo da natureza”). Isto transformou a geografia num verbo: geografar, como o ato de escrever a terra e, assim, dar-lhe significado. A geografização surgiu assim como uma forma de os grupos significarem a sua existência na terra, através de práticas que os situavam no mesmo movimento que constituía os seus territórios e territorialidades.

Essas experiências o levaram, de uma atuação inicial como pesquisador de geomorfologia, ao campo da geografia agrária e, a partir daí, ao debate ambiental e à ecologia política. Este novo enquadramento moldou profundamente as suas publicações nas décadas de 1980 e 1990, especialmente os seus livros Paixão da Terra: Ensaios Críticos de Ecologia e Geografia (“Paixão da Terra: Ensaios Críticos sobre Ecologia e Geografia”) (1984) e Os (Des)caminhos do Meio Ambiente (“Os [Não] Caminhos do Meio Ambiente”) (1989), ambos marcos importantes na compreensão dos movimentos ecológicos sob as lentes da crítica materialista histórica, ao mesmo tempo em que valorizam a multiplicidade de formas culturais engendradas nas relações entre sociedade e natureza. Afirmou então que “o homem [sic] é um ser que por natureza produz cultura, esta é a sua [sic] especificidade natural” (Porto-Gonçalves 1989: 94). Foi valorizando essa pluralidade cultural em suas inscrições geográficas que a CW ajudou a construir a Articulação dos Povos da Floresta Amazônica na década de 1980, e posteriormente colaborou nas lutas de povos e comunidades tradicionais de outros biomas brasileiros, como o Cerrado e a Caatinga, onde trabalhou com indígenas, quilombolas, geraizeiros (habitantes tradicionais do Cerrado no norte de Minas Gerais), vazanteiros (populações da várzea do rio São Francisco) e comunidades de fundo de pasto (formas comunitárias de criação de gado ), entre outros.

R-Existências

Ao lutar pela manutenção de suas condições materiais de reprodução, esses grupos demonstraram a indissociabilidade entre seus modos de existir e os elementos da natureza que lhes eram co-constitutivos. Ao longo de toda a sua carreira, CW esteve envolvido nas lutas destes grupos, cujas formas de existir envolviam esta indissociabilidade das suas formas sociais e das suas condições ambientais. Defendeu, portanto, a valorização de uma visão de mundo baseada na indissociabilidade entre natureza e sociedade: “Mulheres e homens de carne e osso”, como gostava de afirmar, eram sujeitos sociais, mas também eram natureza, como corpos e como práticas, comportamentos , relações de poder e conhecimento. Ele gostava de sublinhar o seu ponto de vista brincando com palavras em português, por exemplo, “ sabores ” e “ saberes ” – duas palavras que parecem ser muito semelhantes na forma, mas na verdade significam “sabores” e “conhecimento”. Isto não só lhe permitiu evidenciar a continuidade entre as dimensões metabólicas dos corpos humanos e os seus ambientes naturais, mas também a construção situada das matrizes do conhecimento. Em suas palestras ele se baseava em anedotas como esta: um indígena que, ao observar que um certo lagarto, sempre que era picado por uma cobra, roía a casca de uma determinada árvore, passou a usar o chá daquela casca como antídoto para veneno de cobra. Isto permitiu-lhe demonstrar que, para este grupo, a preservação da natureza e das suas relações ecológicas era também fundamental para a preservação de fontes particulares de matrizes de conhecimento (não científicas!) e para a produção de subjetividades (incluindo o sagrado), todas as quais deveriam ser entendido como inseparável. Isto também o levou a adoptar a ideia de Orlando Fals Borda de uma “pessoa que pensa e sente”, numa crítica ao supremacismo da racionalidade e da ciência ocidentais como a matriz supostamente superior do conhecimento.

Uma geografia comprometida com a transformação e a justiça deveria, então, valorizar as “geografias” dos sujeitos oprimidos, explorados e subalternizados, que lutam contra tais processos de dominação. A “geografia” foi outro dos seus neologismos, que utilizou para se opor à valorização da dimensão temporal na leitura dos processos, dos fenómenos e dos sujeitos sociais, em detrimento das suas dimensões espaciais. CW propôs uma geografia centrada na ação e nos sujeitos, especialmente aqueles desde abajo (“de baixo” – uma das frases que gostava de usar em espanhol, em reconhecimento aos seus diálogos latino-americanos). Afirmou que a ação desses sujeitos traria potencial transformador para a sociedade, e essa transformação era necessariamente espacial. Apontou que “todo movimento social carrega, em certa medida, uma nova ordem que, como tal, pressupõe novas posições, novas relações, sempre socialmente instituídas, entre lugares”. Assim, os movimentos sociais seriam fenômenos fundamentalmente geográficos. Em seu texto “A Geografia do Social: uma contribuição para o debate metodológico sobre estudos de conflito e movimentos sociais na América Latina” ”) (2003), argumentou que o “movimento”, mesmo na física, é uma mudança de posição, e que a aproximação dos movimentos sociais era, portanto, uma rejeição à posição de subordinação imposta a tais sujeitos.

Ao defender esse ponto, ele cunhou uma de suas expressões mais citadas, amplamente incorporada como repertório discursivo de grupos em luta e em discursos críticos: a ideia de “r-existência” – entendida como as ações de sujeitos que resistem à opressão reconstruindo suas vidas. formas de existir. Uma celebração da criatividade social, cultural e ecológica de matrizes de conhecimento e sobrevivência de grupos que não se declaram necessariamente como pólo de conflito social no seu quotidiano. No entanto, quando as suas formas de existência (condições materiais e práticas sociais emaranhadas) são percebidas como ameaçadas, colocam-se em luta.

A virada decolonial

Podemos, portanto, apontar dois aspectos fundamentais em sua obra. Primeiro, a busca pela valorização teórica e política desses sujeitos, duas expressões que, para ele indissociáveis, compunham a dimensão epistêmica. Em segundo lugar, a valorização da multiplicidade do ser e do existir, ao lado da qual colocou a “crítica do pensamento crítico”, mas numa perspectiva construtiva, da crítica imanente. A partir desses dois traços, aproximou-se da perspectiva decolonial, e talvez tenha sido um pioneiro no Brasil no diálogo direto com os ideólogos dessa agenda, sob a liderança do sociólogo peruano Aníbal Quijano. A partir da década de 1980, suas viagens pela Amazônia ofereceram uma janela para perspectivas plurais sobre a região que valorizavam sua diversidade sociobiológica, tema que explorou em seu livro Amazônia, Amazônias (2001). Aqui ele retratou como a Amazônia foi constituída e abordada de diferentes maneiras pelos grupos que efetivamente viviam na região, por um lado, e pelas elites econômicas e intelectuais, por outro, dos países cujas regiões fronteiriças se sobrepõem às do Amazonas. Por isso preferiu chamar a Amazônia de “estado territorial” em vez de “estado nacional”. Ele, portanto, viu os entendimentos contraditórios e múltiplos do espaço amazônico – entre amazônicos e não-amazônicos, povos indígenas e não-indígenas do Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e outros países – como um desafio analítico e político e, em última análise, como um campo fértil para a produção de conhecimento.

Por conta de seus mais de 300 grupos étnicos e 274 línguas nativas, a CW costumava afirmar que o Brasil era o país mais indígena das Américas. Mas ele também argumentou que esta indigeneidade foi invisibilizada pela imposição do modo dominante de representação da nação que reconhece menos de 1% da sua população como indígena. A sua luta contra esta invisibilidade tornou-se ainda mais evidente pelas campanhas de 1992 dos povos indígenas denunciando os processos de opressão iniciados por Cristóvão Colombo 500 anos antes. Essa luta continuou a repercutir ao longo de sua gestão como presidente da Associação Brasileira de Geógrafos (1998-2000). Isso explica seu papel de destaque na escolha do tema do Encontro Nacional de Geógrafos de 2000: “Os outros 500 na formação do território brasileiro”. é a chegada do navegador português Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500). Este tema defendia a necessidade de descolonizar a forma como o país era visto.

Este é o momento em que, capitalizando as redes sociopolíticas e acadêmicas críticas dos primeiros encontros do Fórum Social Mundial (FSM, em 2001, 2002 e 2003 em Porto Alegre, no Brasil), CW aumentou seus laços com a militância latino-americana e a intelectualidade que procurou, através das suas raízes nas lutas regionais, fazer uma crítica ao seu próprio pensamento crítico. Foi nesse período que se reuniu com militantes negros do movimento hip hop no Rio de Janeiro que desenvolveram uma crítica ao elitismo das “estrelas acadêmicas” no FSM e pretendiam organizar um “fórum social da periferia”. E ao mesmo tempo, a CW estabeleceu ligações com um grupo de intelectuais que propunha a descolonização do pensamento crítico. Tornou-se um pioneiro da virada decolonial no Brasil, tendo escrito o prefácio da primeira edição em português do livro A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais —perspectivas latino-americanas. Perspectivas Latino-Americanas”) (2005), organizado pelo venezuelano Edgardo Lander e publicado pelo Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO).

A circulação de sua obra na América Latina – que ele preferia chamar de “Abya Yala”, reverberando a forma denominacional utilizada pelos povos nativos Kuna, que vivem em partes do Panamá e da Colômbia, ou “Pachamama”, como os povos da tribo Quechua e as línguas aimarás o chamam, da região andina que inclui Chile, Argentina, Bolívia, Peru e Equador – a partir desse momento, no início dos anos 2000, foi a razão pela qual muitos de seus livros e artigos foram publicados em espanhol. Seu livro A globalização da natureza e a natureza da globalização (“A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização”) (2008) recebeu o prêmio Casa de las Américas em Cuba. No Brasil, recebeu o Prêmio Chico Mendes do Ministério do Meio Ambiente, na categoria Ciência e Tecnologia, em 2004.

O Legado de Carlos Walter Porto-Gonçalves

Carlos Walter Porto-Gonçalves foi, certamente, um dos nomes centrais da geografia brasileira e latino-americana nas últimas décadas. Ajudou a redefinir o diálogo entre a geografia e as ciências sociais e naturais na região. O seu trabalho na afirmação da geografia crítica e na construção da “crítica do pensamento crítico”, bem como a sua relação com os movimentos sociais e a afirmação do espaço nas estratégias das suas lutas, foram contributos fundamentais que deixou.

Seu envolvimento e contribuições teóricas sobre questões ambientais e sobre a Amazônia também são únicos. Sobre a Amazônia, que abordou em vários de seus livros, Cruz (no prelo) identifica algumas de suas contribuições, das quais destacaremos três aqui. Em primeiro lugar, a sua luta contra esquemas cognitivos profundamente enraizados, o “arquivo colonial sobre a Amazónia”, procurando superar e desestabilizar as abordagens utilizadas para interpretar e representar a região, especialmente aquelas construídas por atores externos a ela. Em segundo lugar, seu esforço para pensar a Amazônia a partir de sua dinâmica sociometabólica, superando a divisão entre aspectos naturais e sociais. Terceiro, a busca por pensar a diversidade territorial da Amazônia (incluindo a Pan-Amazônia, ultrapassando as fronteiras nacionais que a atravessam). Propôs, portanto, valorizar a diversidade de temporalidades (históricas e naturais) que moldaram a região, sua biodiversidade e sociodiversidade, concebendo a Amazônia como uma “reserva epistêmica”, um repositório de conhecimentos que pode contribuir decisivamente para a constituição de um horizonte político e um projeto cognitivo para o Brasil e para o mundo em geral.

Ao propor uma imaginação espacial baseada na leitura de múltiplas culturas e múltiplas naturezas engendrando múltiplos espaços, espacialidades, territórios e territorialidades, CW deixa para trás um conjunto de ideias que desestabilizam as concepções tradicionais de geografia, especialmente aquelas centradas no Estado e nos agentes. do capital. Valorizar as re-existências significa buscar descolonizar o pensamento e a geografia, em busca da transformação social, que foi o real sentido de sua produção e atuação intelectual ao longo de sua carreira.


Referências

Cruz VC (no prelo) Dez lições para se pensar a Amazônia a partir da obra de Carlos Walter Porto-Gonçalves. GEOgrafia

Porto-Gonçalves CW (1982 [1978]) A Geografia está em crise: viva a Geografia! In R Moreira (ed) Geografia: Teoria e crítica—O saber posto em questão . Petrópolis: Vozes

Porto-Gonçalves CW (1984) Paixão da Terra: Ensaios Críticos de Ecologia e Geografia . Rio de Janeiro: Sócios

Porto-Gonçalves CW (1989) Os (Des)caminhos do Meio Ambiente . São Paulo: Contexto

Porto-Gonçalves CW (2001) Amazônia, Amazônia . São Paulo: Contexto

Porto-Gonçalves CW (2003) A Geograficidade do Social: uma contribuição para o debate metodológico sobre estudos de conflito e movimentos sociais na América Latina. Em J Seoane (ed) Movimentos sociais e conflitos na América Latina . Buenos Aires: CLACSO

Porto-Gonçalves CW (2005) Apresentação da edição em português. In E Lander (ed) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais—perspectivas latino-americanas . Buenos Aires: CLACSO

Porto-Gonçalves CW (2008) A globalização da natureza e a natureza da globalização . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira

Fonte:
Texto – Renato Emerson para a Antipode Online
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Imagem – Rio Amazonas – 2018 por Alexander Gerst CC BY-SA 2.0.

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