Projetos


2023 – Atual

Descrição
O período de 2,5 a 1 milhão de anos atrás (Ma) representa um momento crítico, pois corresponde a uma grande mudança na evolução dos hominínios na África Oriental, quando o Australopithecus foi substituído pelos táxons Paranthropus e Homo e quando a temperatura média da superfície da Terra, a partir do começo do Pleistoceno, tornou-se mais fria e o clima global tornou-se mais instável, resultando em ecossistemas mais abertos e nas primeiras glaciações nas latitudes medias.No contexto dessas mudanças houve a primeira saída da África dos hominínios, que se espalharam para toda a Asia chegando até a China. O Oriente Médio deve ter desempenhado um papel crucial nessa expansão da África para o leste da Asia por ser o único corredor migratório disponível durante o Pleistoceno Inferior e Médio. Se considerarmos o clima semiárido atual é evidente que o Oriente Médio poderia ter constituído um obstáculo biogeográfico para qualquer adaptação dos hominínios, porém, por ter sido um período de grandes mudanças climáticas e as condições ambientais do passado poderiam ter sido diferentes das atuais. De fato, isso é um aspecto desconhecido no Oriente Médio por falta de estudos científicos e registros sedimentares.O objetivo da presente proposta de pesquisa é 1) aprimorar o conhecimento sobre a evolução paleoambiental do Vale do Zarqa durante o Pleistoceno em relação aos sítios do Paleolítico Inferior, 2) entender os fatores que proporcionaram a expansão dos hominínios para o Vale do Zarqa, com uma abordagem multidisciplinar, que inclui arqueologia, sedimentologia, pedologia, geoquímica e geocronologia, 3) dar continuidade à pesquisa brasileira no Oriente Médio que já se demostrou fértil e frutífera..

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira

Integrantes:  Alessandro Batezelli, Fabio Parenti, Giancarlo Scardia, Walter Alves Neves.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2022 – Atual

Descrição
O PELD-PECJ tem como objetivo quantificar os impactos de mudanças globais dentro e ao redor do Parque Estadual de Campos do Jordão. Os dados oriundos de pesquisa e monitoramento fornecerão informações às autoridades do Parque e de outras unidades de conservação paulistas para harmonizar a gestão de conservação e o uso de serviços ecossistêmicos. Mudanças no uso e cobertura da terra e distúrbios por incêndios detectados a partir de imagens de satélite serão usados para estimar a dinâmica dos estoques e sequestro de carbono (C). A diversidade da paisagem, hidrologia, solos e cobertura de terra serão relacionados aos ciclos biogeoquímicos em floresta nativa, plantio de Pinus e campo. Modelagem e estudos experimentais fornecerão informações sobre os potenciais impactos da deposição atmosférica de N e de mudanças climáticas na estrutura e função de ecossistemas, e em suas capacidades de prover serviços ecossistêmicos. Os impactos do turismo e as mudanças na cobertura da terra (restauração de plantios de Pinus com vegetação nativa) serão considerados para otimizar os benefícios de serviços ecossistêmicos múltiplos. Os resultados destas pesquisas serão utilizados para criar ferramentas de auxílio à decisão para os gestores do Parque e para tomadores de decisão nos municípios limítrofes. O sítio PELD serve também como modelo para uma rede de sítios PELD na América do Sul. As pesquisas são organizadas em quatro Núcleos (N1-4). N1 – Dinâmica de vegetação foca em obter dados para a parametrização e validação do modelo espacialmente explícito 2D-aDGVM, para estudar mosaicos floresta – campo. Este núcleo integra trabalho empírico e de modelagem: (1) o histórico de incêndios para verificar a importância do fogo e do uso do solo na estrutura da paisagem (mosaico floresta-campo); (2) a modelagem ecoclimática fornecerá informações auxiliares sobre limitações climáticas e hidrológicas (históricas, atuais e previsões futuras) para o crescimento e distribuição potencial de árvores; (3) a experimentação e caracterização ecofisiológica de traços funcionais de espécies arbóreas nativas e exóticas / invasivas contribuirá dados para aprimorar a parametrização do modelo aDVGM (e de outros dois modelos do N2 – ‘Biogeoquímica); (4) investigações ecohidrológicas contribuirão dados para a parametrização do modelo aDVGM sobre disponibilidade de água e profundidade de penetração de raízes. N2 – Biogeoquímica se organiza em três subprojetos, acima de dois modelos: JULES e o Biome-BGCMuSo. Este núcleo integrará os diversos componentes dos ciclos de C e N em três subprojetos distintos: (1) coleta de dados de fluxos de energia, CO2 e H2O; (2) biometria, produção de liteira e fluxo de gases entre solo e atmosfera; (3) deposição atmosférica de N, movimento de N ao longo do perfil do solo e sua saída via cursos de água. N3 – Serviços ecossistêmicos – modelagem do sistema socioecológico O conhecimento gerado pelos N1-2 será utilizado como informação inicial para quantificar os serviços ecossistêmicos e avaliar, se o objetivo desejado de conservação e outros usos de serviços ecossistêmicos está sendo alcançado. Uma equipe inter- e transdisciplinar ‘multi-stakeholder’ identificará todos os interessados envolvidos, os recursos e suas dinâmicas, e as interações entre interessados, seus uso de recursos e os impactos do uso no funcionamento do sistema para propor, por meio de manejo participativo, modelos e implementações de manejo de conservação e de serviços ecossistêmicos, investigados em cinco subprojetos: (1) Diagnóstico geral de serviços ecossistêmicos; (2) Qualidade de habitats e risco a habitats (felídeos); (3) Conservação de biodiversidade e perda de serviços ecossistêmicos durante processo restauração de plantios de Pinus – como minimizar os riscos; (4) Harmonização de manejo de turismo com a priorização de conservação de biodiversidade; (5) Manejo de incêndios..

Coordenador: Laszlo Karoly Nagy .

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira, Alex Vladimir Krusche, André Victor Lucci Freitas, Thais Mazzafera Haddad, Erika Buscardo.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2022 – Atual

A Paleo-superfícies Paleozoicas e Paleointemperismo Associado: o caso do Grus

Descrição
Superfície geomorfológica é tema presente na literatura desde a década de 50. Esta temática perdeu força nos anos 90 (tanto na literatura nacional quanto internacional) para recentemente reaparecer com força, decorrente de novas técnicas de análise. Este projeto faz parte deste resgate, objetivando associar duas temáticas que atualmente se sabe podem estar associados, mas que são raramente abordadas na literatura internacional (paleo- superficie e grus). A escolha das áreas selecionadas baseou-se em projetos e trabalhos de campos anteriores desenvolvidos pelo proponente. Algumas questões essenciais serão abordadas: 1. Divergências sobre a gênese dos grus, muitas vezes associada a processos intempéricos de ambientes semiáridos e áridos, e por outras a condições extremamente quentes e úmidas, mas que ocorrem em diversas condições ambientais, de áreas equatoriais até periglaciais; 2. Muitas das áreas de grus na América do Sul correspondem a perfis de alteração pré- carboníferos/carboníferos, truncados e incorporados a sequências sedimentares (especialmente carboníferas e cretáceas) e que foram exumadas no Cenozoico; 3. Não se compreende adequadamente a gênese das paleo- superfícies paleozoicas e a sua expressão regional, assim o projeto pretende contribuir com esta delimitação e caracterização. O objetivo central do projeto é compreender a gênese de materiais (sejam sedimentos ou perfis de alteração) associados à elaboração de paleo-superfícies do Paleozoico Médio/Superior e sua significância paleoclimática, paleogeomorfológica e paleogeográfica. São objetivos específicos deste projeto: definir mais precisamente o termo grus e mostrar seu uso potencial para interpretação paleoambiental; estabelecer a associação entre paleo-superfície erosiva na base dos depósitos da glaciação carbonífera e as características de paleointemperismo anterior a esta glaciação. Para tanto os métodos e meios adotados serão aqueles comuns às áreas de sedimentologia/estratigrafia, pedologia/paleopedologia, geoquímica e geomorfologia. As áreas objeto de investigação situam-se na Província de La Rioja na Argentina, nos flancos leste e oeste da Bacia Sedimentar do Paraná e na região do Araripe no Brasil, das quais já se dispõe de dados preliminares que fundamentam atingir os resultados esperados..

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira – Coordenador.


2020 – Atual

A ocupação humana do sudeste da América do Sul ao longo do Holoceno: uma abordagem interdisciplinar, multiescalar e diacrônica

Descrição
Este projeto visa, por um lado, dar continuidade às pesquisas desenvolvidas por nossa equipe desde 2010, por meio de três auxílios outorgados pela FAPESP, (procs. nos. 2009/54720-9, 2013/13794-5 e 2016/23584-6) e, por outro, ampliar o escopo das pesquisas abarcando outras faixas cronológicas e uma área geográfica maior. O objetivo geral dos projetos anteriores foi o de contribuir para o entendimento dos processos relacionados à ocupação do Sudeste brasileiro pelos primeiros grupos humanos que chegaram às Américas. A proposta ora apresentada expande o escopo dos projetos anteriores com vistas a fornecer um panorama organizado e diacrônico das ocupações humanas que se sucederam e conviveram no Sudeste da América do Sul, abrangendo os territórios dos atuais estados de São Paulo e Paraná, e abarcando todo o Holoceno. Tem como objetivo geral mapear as características culturais dos diferentes grupos humanos pretéritos, visando fornecer subsídios para o entendimento das relações desses grupos com os paleoambientes reinantes e com os grupos humanos vizinhos, permitindo a elaboração de modelos mais robustos a respeito de temas candentes como a ocupação do continente americano, a transição entre modos de vida baseados na caça e coleta para a horticultura, a persistência cultural de grupos caçadores-coletores após a chegada de grupos horticultores e, finalmente, a persistência cultural indígena na sociedade atual. Espera-se, com isso, estabelecer cenários de interação e mudança cultural ao longo dos últimos 12.000 anos para a região. Tais modelos deverão constituir uma base para debates e pesquisas futuras, atualmente restringidas pela paucidade de dados estruturados.

Coordenador: Astolfo Gomes de Mello Araújo.

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Julio césar Paisani; Fresia Ricardi-Branco; Fabio Parenti; Maria Mercedes Martinez Okumura; Gelavam A. Hartmann; Camilo de Mello Vasconcellos; Bruce Arlan Bradley; Ethan Edward Cochrane.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2019 – 2022

Perfis de Alteração e Depósitos Associados a Paleo-superfícies de Cimeira em São Paulo e Minas Gerais

Descrição
Grandes superfícies geomórficas Mesozoicas e Cenozoicas tradicionalmente são utilizadas para correlações regionais em grandes áreas geográficas, trazendo informações de diferentes ordens, mas especialmente no que se refere a paleoclimas, paleolatitudes, estabilidade tectônica. Na África e na Austrália estas superfícies estão muito bem mapeadas, caracterizadas e correlacionadas, entretanto no Brasil os trabalhos raramente se preocuparam em realizar correlações nas diferentes regiões. O objetivo central deste trabalho é o de refinar a caracterização e correlação da superfície Sul Americana (Cretáceo Superior e Paleógeno) na área de cestas no estado de São Paulo e nas serras do Alto São Francisco e Alto Paranaíba em Minas Gerais. Para tanto serão empregadas técnicas de cartografia, mapeamento de campo, geoquímica, pedologia, sedimentologia e micromorfologia (petrológica e pedológica), visando caracterizar os materiais associados às superfícies, sejam os materiais do embasamento, sedimentos cretáceos e paleógenos ou perfis de alteração. As etapas para o desenvolvimento da pesquisa são: 1. Mapeamentos regionais das superfícies de cimeira em escalas de reconhecimento e seleção de áreas representativas para detalhamento; 2. Nas áreas selecionadas realizar descrições morfológicas de detalhe, análises químicas, análises mineralógicas e quando necessária análise micromorfológica; 3. Ampliar as áreas com a realização de estudos de termocronologia. Os resultados obtidos permitirão a comparação das idades relativas dos depósitos e perfis de alteração, auxiliando as interpretações de megageomorfologia na transição entre uma história deposicional para outra erosional na área de interesse.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.


2018 – 2023

Megaleques fluviais dos rios Taquari (Pantanal, Brasil) e Paraná (Esteros de Iberá, Argentina): geomorfologia comparada, processos de avulsão fluvial, formas deposicionais e modelos de preenchimento sedimentar.

Descrição
Megaleques fluviais são sistemas fluviais distributivos com área de milhares de km2. Sua importância como sistema deposicional foi reconhecida apenas nos últimos 15 anos, pois constatou-se, por meio de imagens de sensores remotos, que os megaleques são responsáveis pelo preenchimento de grandes bacias sedimentares quaternárias, especialmente bacias interiores e de antepaís (foreland). A partir dessa constatação, muitos pesquisadores passaram a considerar que tais sistemas foram os formadores da maior parte das unidades fluviais do registro geológico. Esta proposição gerou polêmica na comunidade científica, que tem debatido a representatividade dos sistemas fluviais distributivos no preenchimento de bacias sedimentares, pois grupo importante de pesquisadores advogam que depósitos de sistemas fluviais tributários são mais representativos no registro geológico. Independente desta disputa, o fato é que megaleques são extensas áreas de sedimentação moderna no interior dos continentais, muitas vezes sendo sítios de importantes wetlands, como é o caso dos inúmeros megaleques do trato deposicional do Pantanal, tema de pesquisa do pesquisador proponente deste projeto nos últimos 15 anos. Dentre eles, o do rio Taquari é o de maior extensão, com área de cerca de 50.000 km2, que desagua no rio Paraguai e é referência frequente em citações internacionais sobre sistemas fluviais distributivos. O escopo deste projeto é elucidar questões sobre sua geologia, que ainda permanecem por serem compreendidas, num estudo comparativo com o megaleque construído pelo rio Paraná na confluência com o rio Paraguai, onde forma a imensa wetland de Esteros de Iberá. Os objetivos específicos são os mesmos para os dois sistemas: (a) zoneamento geomorfológico dos sistemas deposicionais, (b) caracterização das formas deposicionais e das principais fácies sedimentares associadas, (c) mapeamento dos pontos nodais de avulsão fluvial e definição dos processos atuantes, (d) caracterização hidrológica dos sistemas deposicionais baseada na análise de séries temporais de imagens de satélite (e) o mapeamento de complexos sedimentares de avulsão (lobos deposicionais), (f) a datação de diferentes paleoformas deposicionais, e (g) a proposição de modelos de evolução geológica e geomorfológica dos sistemas fluviais distributivos, ambos pertencentes à bacia hidrográfica do Paraná-Paraguai.

Coordenador: Mario Luis Assine.

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Aguinaldo Silva; Ivan Bergier Tavares de Lima; José Cândido Stevaux; Michael Matthew McGlue; Patrícia Colombo Mescolotti; Fabiano do Nascimento Pupim; André Oliveira Sawakuchi; Isabel Terezinha Leli; Eder Renato Merino; Mauricio Guerreiro Martinho dos Santos; Didier Gastmans; Oscar Orfeo.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro.


2017 – 2020

Evolução Geomorfológica de Longa Duração: história cretácea e paleógena da denudação, gênese de bacias sedimentares e formas de relevo

Descrição
Desde os trabalhos pioneiros de Davis, a busca por compreender a evolução da paisagem geomorfológica de longa duração ganhou impulso e um método. A partir daí diversos autores produziram uma infinidade de trabalhos sobre a evolução da paisagem e de suas superfícies. No Brasil diversos autores abordaram a temática, utilizando diferentes procedimentos de análise. Entretanto destaca-se que estes estudos abordaram essencialmente a superfície em si, com seus depósitos correlativos ou estruturas truncadas. Aqui o objetivo central é o de observar como as áreas de altos estruturais (antigas áreas que forneceram sedimentos) e as bacias circundantes (que acumularam estes sedimentos) se comportaram durante o Cretáceo e Paleógeno, em termos de taxas de erosão e sedimentação e de condições paleoclimáticas. As bacias que serão estudadas são a dos Parecis, São Franciscana e Paraná́, e os respectivos altos estruturais que as separam. Para tanto serão utilizadas análises de traços de fissão, análises sedimentológicas e estratigráficas e também de perfis de alteração. Espera-se alcançar um quadro geral acerca da evolução paleogeográfica e paleoambiental da área estudada.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Integrantes: Alessandro Batezelli; Julio Cesar Hadler Neto; Sandro Guedes de Oliveira; Carlos Alberto Tello Saenz.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro.


2017 – 2019

Abordagens interdisciplinares para o estudo da ocupação paleoíndia do estado de São Paulo: integrando a arqueologia e as ciências da terra

Descrição
Este projeto visa dar continuidade às pesquisas desenvolvidas desde 2010 por meio de dois auxílios outorgados pela FAPESP, intitulados “A Ocupação Paleoíndia do Estado de São Paulo: Uma Abordagem Geoarqueológica” (procs. nos. 2009/54720-9 e 2013/13794-5). O objetivo geral do projeto é contribuir para o entendimento dos processos relacionados à ocupação do Sudeste brasileiro pelos primeiros grupos humanos que chegaram às Américas. Espera-se, por meio de prospecções arqueológicas teoricamente embasadas e explicitamente voltadas para a detecção de sítios arqueológicos do Período Paleoíndio , fornecer subsídios para a melhor caracterização desse período no Estado de São Paulo, uma vez que a região Sudeste é peça chave no entendimento da ocupação humana do leste da América do Sul no início do Holoceno. Paralelamente, pretende-se contribuir para o desenvolvimento da Geoarqueologia em ambientes tropicais, com uma forte atuação interdisciplinar que envolve o trânsito de informações entre a Arqueologia, Geografia Física e Geologia. O projeto se divide em três eixos de ação principais: 1) prospecções arqueológicas explicitamente voltadas para a detecção de sítios relacionados ao Período Paleoíndio; 2) caracterização das industrias líticas encontradas nos sítios e suas relações com os dados provenientes de outras regiões; 3) escavação de sítios arqueológicos paleoíndios detectados durante os projetos anteriores, com o estudo dos processos de formação atuantes em tais sítios, levando em conta as variações climáticas ocorridas nos últimos 12.000 anos e suas possíveis consequências em termos geomorfológicos e de paisagens. Enquanto os dois primeiros eixos se remetem a métodos e procedimentos arqueológicos, o terceiro eixo dialoga fortemente com as Ciências da Terra, aplicando uma abordagem integradora, levando em conta os processos de acumulação antrópica, geomorfogênese e indicadores paleoclimáticos.

Coordenador: Astolfo Gomes de Mello Araújo.

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Julio césar Paisani; Fabio Parenti; Marcelo Knörich Zuffo; Maria Mercedes Martinez Okumura.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2016 – 2018

Paleo-superfícies Geomórficas Cretáceas e Paleógenas no Território Brasileiro

Descrição
Grandes superfícies Mesozoicas e Terciárias tradicionalmente são utilizadas para correlações regionais em grandes áreas geográficas, trazendo informações de diferentes ordens, mas especialmente no que se refere a antigos tipos climáticos, paleolatitudes, e estabilidade tectônica e ultimamente na pesquisa petrolífera nas áreas de plataforma continental. Na África e na Austrália estas superfícies estão muito bem mapeadas, caracterizadas e correlacionadas, entretanto no Brasil os trabalhos raramente se preocuparam em realizar nas diferentes regiões. O objetivo central deste trabalho é o de refinar as correlações entre as superfícies cretáceas e paleógenas do Brasil, além de caracterizar os materiais associados a estas superfícies, sejam os materiais do embasamento, sedimentos ou perfis de alteração. 1. Mapeamentos regionais das superfícies de cimeira em escalas de reconhecimento e seleção de áreas representativas para detalhamento; 2. Nas áreas selecionadas realizar descrições morfológicas de detalhe, análises químicas, análises mineralógicas e quando necessária análise micromorfologica; 3. Ampliar as áreas com a realização de estudos de geocronologia das coberturas supérgenas e a termocronologia. Os resultados obtidos permitirão a comparação das idades dos depósitos e taxas de erosão e denudação com as de outras regiões, além de fornecer informações adicionais sobre a história de alteração, soerguimento, exumação do relevo, paleoclima e erosividade das regiões envolvidas neste projeto durante o Mesozoico Superior e o Cenozoico Inferior.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.


2016 – 2018

Sedimentação e pedogênese das sequencias continentais Cretáceas das bacias Bauru, Sanfranciscana, Parecis e Neuquén

Descrição
As bacias Bauru, Sanfranciscana e Parecis, no Brasil, e Neuquén na Argentina, abrigam sequencias continentais de idade cretácica, cuja evolução esteve condicionada aos eventos tectônicos e climáticos pós ruptura do Gondwana. O presente projeto tem como finalidade identificar a relação tectonossedimentar entre as essas bacias, assim como aspectos ambientais e pedogenéticos que permitam estabelecer o quadro paleogeográfico e climático continental do Cretáceo Superior da América do Sul. A partir dos resultados obtidos no Projeto FAPESP 2010/19787-2 ?Correlação Estratigráfica e Paleogeografia do Cretáceo Superior das bacias Bauru, Sanfranciscana e dos Parecis?, o presente projeto pretende avançar no tema, incluindo estudos específicos nas bacias Bauru, Sanfranciscana e dos Parecis, no Brasil, adicionando informações sobre a sequencia cretácea da Bacia de Neuquén na Argentina. A correlação se baseará na análise de fácies, elementos arquitetônicos e caracterização de paleossolos. Do ponto de vista das fácies serão analisados os atributos que permitam interpretar as condições paleodeposicionais. Na caracterização dos paleossolos serão analisadas feições macro e micromorfológicas, geoquímica de elementos maiores e icnofósseis. A integração desses métodos permitirá tecer considerações sobre condições paleoclimáticas, paleogeomorfológicas e paleobiológicas, além de modelos análogos para reservatórios de hidrocarbonetos. A relação entre ciclos deposicionais e pedogenéticos, assim como, o padrão de empilhamento estratigráfico de cada bacia, serão analisados de acordo com os conceitos de nível de base estratigráfico ou razão entre espaço de acomodação e suprimento de sedimentos (A/S), permitindo definir ciclos sedimentares em diferentes ordens de grandeza. Por fim, pretende-se elaborar um modelo paleogeográfico para o Cretáceo Superior continental da América do Sul.

Coordenador: Alessandro Batezelli.

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Márcio Luiz da Silva; Diego Luciano do Nascimento.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2014 – 2017

Mudanças paleo-hidrológicas, cronologia de eventos e dinâmica sedimentar no Quaternário da Bacia do Pantanal

Descrição
Na planície do Pantanal estão registradas evidências geológicas de mudanças hidrológicas, sedimentológicas e ecológicas climáticas ocorridas desde o Pleistoceno tardio. Tais mudanças ambientais são fortemente controladas por fatores climáticos, dos eventos de aridez verificados no Último Máximo Glacial às condições atuais mais úmidas, e por condicionantes estruturais ligados ao regime tectônico da bacia do Pantanal. As mudanças na paisagem pantaneira não são, contudo, produto apenas de fatores alogênicos (clima e tectônica), mas também resultado de processos fluviais autogênicos/autocíclicos, sobretudo aqueles ligados à dinâmica sedimentar de sistemas fluviais avulsivos, responsáveis pelo preenchimento sedimentar da bacia e motivo de consternação para as populações locais. Neste contexto, os objetivos principais deste projeto são a reconstituição dos eventos quaternários, o entendimento da dinâmica hidrossedimentar e das mudanças paleo-hidrológicas, e a compreensão da interação entre fatores alogênicos e autogênicos na configuração da paisagem atual. Para atingir tais objetivos serão empregados diversos métodos e técnicas: interpretação de dados orbitais, geoprocessamento de informações, levantamentos de seções de subsuperfície com radar de penetração no solo (GPR), amostragem de subsuperfície (trado, vibrotestemunhador e sonda de percussão), descrição faciológica dos depósitos, datação absoluta por métodos isotópicos (carbono 14) e luminescência opticamente estimulada, análise de indicadores proxy (espículas de esponjas, palinologia e fitólitos), paleopedologia dos depósitos quaternários, levantamento e interpretação de dados hidrossedimentares, incluindo seções com perfilador acústico Doppler de corrente (ADCP). Os dados obtidos e as interpretações realizadas serão integrados, buscando-se compreender o papel dos fatores alogênicos e autogênicos, e estabelecer a sucessão dos eventos geológicos definidores da morfologia e dos depósitos presentes na planície do Pantanal.

Coordenador: Mario Luis Assine.

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Aguinaldo Silva; Fábio Taioli; Ivan Bergier Tavares de Lima; José Cândido Stevaux; Lucas Verissimo Warren; Michael Matthew McGlue.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2014 – 2016

Morfogênese da bacia do rio das Cinzas (PR): estudo das formas de relevo, sedimentação e neotectônica

Descrição
A relação entre a evolução do relevo, sedimentação e tectônica, tanto em domínios de bordas de placas tectônicas como em domínios intraplaca, adquire cada vez mais relevância junto a pesquisadores especializados em estudos do Cenozóico. No caso da bacia do rio das Cinzas, estudos que consideram a relação entre morfogênese, sedimentação e neotectônica inexistem. Desta forma, este projeto propõe investigar a morfogênese da bacia do rio das Cinzas, a partir do estudo integrado das formas de relevo, sedimentação, antigos processos de intemperismo e neotectônica. Para atingir este objetivo, serão utilizados métodos e técnicas de abordagem geológica, geomorfológica, pedológica, com ênfase na identificação das formas de relevo, depósitos sedimentares, paleossolos e feições neotectônicas, incluindo o uso de técnicas de datação C14 e LOE. Com esta pesquisa espera-se obter um conjunto de dados e resultados que trará a possibilidade de identificar os principais processos morfogenéticos ocorridos na área e avançar no entendimento da relação destes com a neotectônica e a sedimentação cenozóica. Além disso, as datações irão fornecer informações acerca da ordem cronológica de deposição na área nos últimos milhares de anos. Pretende-se ainda fornecer dados que ajudem a esclarecer se os depósitos aluviais em terraços e os processos de meandramento são oriundos de oscilações climáticas, ou, se há influência de atuação neotectônica. Com a integração dos dados da pesquisa, será feita uma proposta de sistematização dos eventos datados para contribuir com a cronologia do Quaternário no continente sul-americano, bem como, com o quadro neotectônico no contexto intraplaca.

Coordenadora: Marcilene dos Santos.

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Alessandro Batezelli; João Osvaldo Rodrigues Nunes.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2014 – 2016

OS SQUAMATA (REPTILIA, LEPIDOSAURIA) DO CRETÁCEO E TERCIÁRIO (PALEÓGENO/NEÓGENO) DAS BACIAS BAURU, AIURUOCA E ACRE: SISTEMÁTICA, EVOLUÇÃO E PALEOAMBIENTES

Descrição
Os Squamata fósseis do Cretáceo e ?Terciário? (Paleógeno e Neógeno) do Brasil são encontrados principalmente nas regiões sudeste e norte do país. Esses registros incluem lagartos e serpentes, os quais representam uma pequena parcela da diversidade conhecida para o Mesozóico e Cenozóico sul-americano. Os mais significativos registros estão concentrados nas bacias Bauru (Meso/NeoCretáceo) e Acre (Mioceno superior), especialmente no oeste de São Paulo e Triângulo Mineiro, e na Amazônia ocidental. Adicionalmente, a recentemente descoberta da Bacia de Aiuruoca (Oligoceno/Eoceno), no sul de Minas Gerais, tem revelado muitos fósseis de tetrápodos. Assim, esforços de prospecção e coleta nessa bacia podem resultar em novas ocorrências de escamados para o ?Terciário? Brasil. Neste projeto, propõe-se prospectar as áreas mencionadas em busca de escamados fósseis, bem como desenvolver estudos revisionais de cunho anatômico e sistemático de táxons-chave do Cretáceo e ?Terciário? brasileiro. Os esforços investigativos se concentrarão nas relações filogenéticas e evolução dos escamados continentais, tais como lagartos e serpentes, bem como de outros pequenos tetrápodos porventura coletados (e.g. anfíbios e mamíferos), e também nas implicações bioestratigráficas e paleoambientais do registro dos mesmos. De forma mais geral, mas mantendo os tetrápodos como foco das investigações, pretende-se aperfeiçoar as correlações estratigráficas dos depósitos oligo-eocênicos e miocênicos no âmbito das bacias brasileiras (Acre e Aiuruoca) e destas com outras partes da América do Sul, tentando buscar estratos de idade correlacionáveis as SALMA?s (South American Land Mammal Ages). Além disso, buscar-se-á uma mais detalhada contextualização bioestratigráfica da Bacia Bauru, em conjunto com os recentes trabalhos geológicos relacionados à mesma, ressaltando que este tipo de arcabouço bioestratigráfico segue indisponível para a bacia.

Coordenadora: Annie Schmaltz Hsiou

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Marcilene dos Santos; Max Cardoso Langer; Douglas Riff.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2013 – 2016

PALEOSUPERFÍCIES GEOMÓRFICAS CRETÁCICAS E PALEÓGENAS NO BRASIL, URUGUAI E ARGENTINA.

Descrição
Grandes superfícies Mesozóicas e Terciárias tradicionalmente são utilizadas para correlações regionais em grandes áreas geográficas, trazendo informações de diferentes ordens, mas especialmente no que se refere a antigos tipos climáticos, paleolatitudes, e estabilidade tectônica e ultimamente na pesquisa petrolífera nas áreas de plataforma continental. Na África e na Austrália estas superfícies estão muito bem mapeadas, caracterizadas e correlacionadas, entretanto na América do Sul os trabalhos são muito mais pontuais, o que dificulta as correlações tanto nos territórios dos países e especialmente quando se trata dos diferentes países da América do Sul. O objetivo central deste trabalho é o de inicializar as atividades para correlação entre as superfícies cretácicas e paleógenas do Brasil, Uruguai e Argentina. Estas correlações serão possíveis através: 1. Trabalhos de campo conjuntos com os pesquisadores dos três países para troca de conhecimentos das diferentes superfícies nos países; 2. Mapeamentos regionais das superfícies de cimeira nos três países, em escala de reconhecimento; 3. Seleção de áreas específicas para detalhamento, com mapeamentos em maior detalhe, descrições morfológicas de detalhe, análises químicas, análises mineralógicas e quando necessária análise micromorfológica; 4. Mapeamentos correlativos em escala única entre os países; 5. Será avaliada, experimentalmente, a geocronologia das coberturas supérgenas e a termocronologia (em projetos de duas orientandas já em desenvolvimento e com financiamento FAPESP) de áreas específicas, onde os resultados obtidos permitirão a comparação das idades dos depósitos e taxas de erosão e denudação com as de outras regiões, além de fornecer informações adicionais sobre a história de alteração, soerguimento, exumação do relevo, paleoclima e erosividade das regiões envolvidas neste projeto durante o Mesozóico Superior e o Cenozóico Inferior.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.


2012 – 2014

CORRELAÇÃO DE PALEOSUPERFÍCIES GEOMÓRFICAS DE CIMEIRA NO BRASIL, URUGUAI E ARGENTINA – datação, morfologia, cartografia, depósitos e perfis de alteração associados

Descrição
Grandes superfícies Mesozóicas e Terciárias tradicionalmente são utilizadas para correlações regionais em grandes áreas geográficas, trazendo informações de diferentes ordens, mas especialmente no que se refere a antigos tipos climáticos, paleolatitudes, e estabilidade tectônica e ultimamente na pesquisa petrolífera nas áreas de plataforma continental. Na África e na Austrália estas superfícies estão muito bem mapeadas, caracterizadas e correlacionadas, entretanto na América do Sul os trabalhos são muito mais pontuais, o que dificulta as correlações tanto nos territórios dos países e especialmente quando se trata dos diferentes países da América do Sul. O objetivo central deste trabalho é o de inicializar os trabalhos para correlação entre as superfícies de cimeira do Brasil, Uruguai e Argentina. Estas correlações serão possíveis através: 1. Trabalhos de campo conjuntos com os pesquisadores dos três países para troca de conhecimentos das diferentes superfícies nos países; 2. Mapeamentos regionais das superfícies de cimeira nos três países, em escala de reconhecimento; 3. Seleção de áreas específicas para detalhamento, com mapeamentos em maior detalhe, descrições morfológicas de detalhe, análises químicas, análises mineralógicas e quando necessária análise micromorfológica; 4. Mapeamentos correlativos em escala única entre os países; 5. Será avaliada, experimentalmente, a geocronologia das coberturas supérgenas e a termocronologia de áreas específicas, onde os resultados obtidos permitirão a comparação das idades dos depósitos e taxas de erosão e denudação com as de outras regiões, além de fornecer informações adicionais sobre a história de alteração, soerguimento, exumação do relevo, paleoclima e erosividade das regiões envolvidas neste projeto durante o Mesozóico Superior e o Cenozóico Inferior.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2011 – 2014

Paleogeografia do Cretáceo Superior na América do Sul: uma análise a partir dos paleossolos e biomineralizações

Descrição
Sabe-se que no Cretáceo Médio os valores de CO2 na atmosfera eram próximos a 1.130 ppmv e este foi declinando até 680 ppmv até 60 milhões de anos. Em termos comparativos atualmente este valor é de cerca de 380 ppmv O período Cretáceo foi caracterizado por condições muito mais quentes e nível do mar muito mais elevado do que hoje. Para uma parte significativa de autores, esta situação foi gerada por níveis de dióxido de carbono mais elevados que atualmente, gerando um efeito estufa bastante expressivo. Este projeto tem por objetivo, através dos estudos de perfis de paleossolos e biomineralizações associadas a estes, reconstituir as características paleoclimáticas, durante o Cretáceo Superior em parte da América do Sul, compreendidas entre as latitudes (atuais) de 3° Sul e 40° Sul. A reconstituição paleogeográfica envolve aspectos sedimentares, estratigráficos, paleopedológicos, paleogeomorfológicos, paleoclimáticos e paleobiogeográficos.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Integrantes: Margarita Luisa Osterrieth; Márcia Regina Calegari.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro.


2011 – 2013

Correlação Estratigráfica e Paleogeografia do Cretáceo Superior nas Bacias Bauru, Sanfranciscana e dos Parecis

Descrição
Depósitos aluviais construídos e/ou retrabalhados por rios entrelaçados foram caracterizados em ambientes com as mais variadas condições climáticas ao longo da história geológica. O potencial de preservação dos depósitos continentais depende sobremaneira de elevada taxa de subsidência da bacia, associada à grande aporte sedimentar. As rochas neocretáceas que constituem os grupos Bauru (Bacia Bauru), Parecis (Bacia dos Parecis), Mata da Corda e Urucuia (Bacia Sanfranciscana) apresentam características que indicam deposição em sistemas aluviais dominados por rios sob condições de clima árido a semi-árido. A análise de fácies e de elementos arquitetônicos desses depósitos, apoiada em estudos petrográficos, geoquímicos e paleopedogenéticos, permitirão avaliar com maior precisão os processos relacionados à sedimentação, tectônica e clima durante sua evolução. Os resultados esperados como produto dessas análises serão modelos deposicionais que contemplem as bacias Bauru, Sanfranciscana e Parecis, base para se estabelecer correlações e a paleogeografia neocretácea da porção central e sudeste do Brasil. Entre as contribuições científicas esperadas destaca-se o melhor conhecimento das arquiteturas estratigráficas das bacias Bauru, Sanfranciscana e Parecis, bem como, identificação de fenômenos geológicos responsáveis pela origem e evolução das sequências das três bacias.

Coordenador: Alessandro Batezelli

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Mario Luis Assine.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2010 – 2014

Assessment of impacts and vulnerability to climate change in Brazil and strategies for adaptation option

Descrição
The Earth System Science Center CCST of the Brazilian National Institute for Space Research INPE is submitting a research proposal entitled: Assessment of Impacts and Vulnerability to Climate Change in Brazil and strategies for Adaptation options. This project is coordinated by Dr. Jose Marengo, Senior Scientist from the CCST/INPE.The project is divided in 7 components, led by scientists from INPE, the Center of Technology and Space, Universities of the State of Sao Paulo, and it includes almost 50 scientist from various institutions of Brazil and from other countries. The sustainability of development in Brazil is strongly linked to the capacity of responding to the challenges associated with climate change. Brazil is vulnerable to present-day climate change and will be profoundly impacted by projected climate changes in the future. The objective of this project is to develop reseach focused on the areas of impacts and vulnerability and their application to indentify adaptation options to climate change. The project constitutes a step futher to the production of future climate scenarios and detection and attribution studies, making use of a new generation of regional climate scenarios being generated at INPE. We aim to establish the base for studies and assessments for impact, adaptation and vulnerability studies in Brazil, using climate and vulnerability indices based on environmental, geographical-geophysical and social information, to indentify areas under risk to climate stress, and to map vulnerability of population nation and statewide. Some emphasis is on climate extremes and their impacts on water resources and planning and natural disasters of meteorological origin at national scale. Specific studies of vulnerablity and risk in the State of Sao Paulo, for the Serra do Mar, Paraiba do Sul Valley regions, the city of Sao Carlos and Campinas. It is clear that the genration of high-quality scientfic nformation to assist public policy in the areas of adaptation.

Coordenador: Jose Antonio Marengo Orsini.

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Regina Célia de Oliveira; Lindon Fonseca Matias; Luci Hidalgo Nunes;

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2010 – 2012

Mapeamento, Caracterização e Correlação de Paleosuperfícies no Centro-Sul do Brasil

Descrição
Em anos recentes os estudos sobre paleosuperfícies estão retornando ao cenário científico com grande vigor, especialmente com o emprego de métodos de datação aos materiais associados às antigas superfícies. Rotineiramente, cotas altimétricas, per si, foram empregadas como evidência de antigas superfícies e perfis de alteração foram empregados, de maneira indistinta, como evidência de superfícies geomórficas de dimensões regionais, fatos atualmente questionado por muitos autores. Em países como a Austrália, os perfis de alteração e paleossolos são utilizados para reconstituir grandes paleosuperfícies, antigos sistemas de drenagem, correlações estratigráficas e concentração de alguns tipos de minerais, especialmente os que se concentram em meio laterítico. Este projeto possui por objetivo, baseado em um levantamento sistemático de grandes áreas, analisar as possibilidades e limitações deste tipo de correlação na porção Centro-Sul do Brasil. Este projeto baseia-se em duas características evolutivas amplamente tratadas na literatura: a) vastas superfícies necessitam de muito tempo para sua evolução e de características ambientais mais ou menos constantes; b) perfis de alteração lateríticos e silcretes espessos evoluíram em poucos momentos na história geológica da Terra, necessitando características muito específicas para sua evolução, além de grande estabilidade ambiental em termos climáticos e tectônicos. A associação entre perfis de alteração e paleossolos e destes com as superfícies geomórficas mais elevadas, pode efetivamente indicar momentos muito específicos do quadro evolutivo geomorfológico, climático, pedológico e biótico, especialmente do Cretáceo Superior e Terciário Inferior a Médio da região Centro Sul do Brasil, permitindo a definição de marcos estratigráficos (temporais e ambientais) de escala regional.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.


2008 – 2010

O Uso de Paleossolos e Perfís de Alteração para a Identificação e Correlação de Superfícies Geomórficas: perfís lateríticos e silcretes na porção norte da Bacia Sedimentar do Paraná

Descrição
Tradicionalmente perfis de alteração foram empregados de maneira indistinta como evidência de superfícies geomórficas de dimensões regionais, fato atualmente questionado por alguns autores. Em países como a Austrália, os perfis de alteração e paleossolos são utilizados para reconstituir grandes paleosuperfícies, antigos sistemas de drenagem, correlações estratigráficas e concentração de alguns tipos de minerais, especialmente os que se concentram em meio laterítico. Este projeto objetiva, baseado em um levantamento sistemático de grandes áreas, analisar as possibilidades e limitações deste tipo de correlação na porção norte da Bacia Sedimentar do Paraná. Este projeto baseia-se em duas características evolutivas amplamente tratadas na literatura: a) vastas superfícies necessitam de muito tempo para sua evolução e de características ambientais mais ou menos constantes; b) perfis de alteração lateríticos e silcretes espessos evoluíram em poucos momentos na história geológica da Terra, necessitando características muito específicas para sua evolução, além de grande estabilidade ambiental em termos climáticos e tectônicos. A associação entre perfis de alteração e paleossolos e destes com as superfícies geomórficas pode efetivamente indicar momentos muito específicos do quadro evolutivo geomorfológico, climático, pedológico e biótico da porção norte da Bacia Sedimentar do Paraná e permitir a definição de marcos estratigráficos (temporais e ambientais) de escala regional.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro.


2007 – 2008

Fatores sedimentares e paleopedológicos de geração da Floresta Fóssil de Dunarobba (Plioceno médio-Itália Central)

Descrição
A Floresta Fóssil de Dunarobba posiciona-se nas proximidades da cidade de Avigliano Umbro na Úmbria, região central da Itália. Possui um parque em que troncos de árvores foram preservados em posição de vida e datam de cerca de 1,2 m.a.. O objetivo deste projeto é o de determinar as condições de soterramento desta floresta através das análises paleopedológicas e sedimentológicas.

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Financiador(es): Ministero Per I Beni Culturali e Ambientali – Auxílio financeiro.


2005 – 2008

Estudos da Previsibilidade de Eventos Metereológicos Extremos na Serra do Mar

Descrição
A Serra do Mar é uma região de importância estratégica para o Estado de São Paulo, tanto pelo desenvolvimento sustentável, por abrigar as porções remanescentes da Mata Atlântica, quanto pelo desenvolvimento econômico favorecido pelas ferrovias, rodovias, dutovias e instalações industriais e portuárias. Entretanto, esta região sofre recorrentes deslizamentos nas suas encostas causando grandes prejuízos e várias mortes. Estes eventos são de natureza hidrometeorológica associados a uma região de serra com forte declividade e submetida a ações antrópicas. O presente projeto se propõe a desenvolver um sistema de monitoramento e previsão de riscos para a região da Serra do Mar. Para tanto, compõe-se de 6 subprojetos intitulados: (1) Modelagem atmosférica em alta resolução de eventos extremos na Serra do Mar , (2) Acoplamento de um modelo atmosférico a um modelo hidrológico , (3) Características dos sistemas convectivos que resultam em eventos extremos na Serra do Mar , (4) Características de grande escala associadas a eventos extremos na Serra do Mar , (5) Desenvolvimento de um Sistema Semi-Automático de Previsões e Informações Hidrometeorológicas em Apoio ao Gerenciamento de Riscos na de Desastres Ambientais na Serra do Mar , e (6) Impacto das Informações de plataformas de coleta de dados hidrometeorológicos na previsão numérica para a Serra do Mar.

Coordenadora: Chou Sin Chan

Integrantes: Francisco Sergio Bernardes Ladeira; Luci Hidalgo Nunes; Iria Fernandes Vendrami; Agostinho T. Ogura.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro.


2005 – 2006

Paleossolos da Formação Marília: reconstituição paleogeográfica do Cretáceo Superior (Maastrichtiniano) na Bacia do Paraná no Estado de São Paulo

Descrição
O objetivo desse trabalho foi a análise e descrição dos paleossolos inseridos nas seqüências sedimentares da Formação Marília no oeste do Estado de São Paulo. Através do estudo detalhado dos paleossolos, objetivou-se à obtenção de dados e informações sobre as condições paleoambientais e paleoclimáticas reinantes ao período de suas respectivas formações. Desta forma, contribuindo para a compreensão da dinâmica evolutiva da paisagem do oeste do Estado de São Paulo durante o Maastrichtiniano (Cretáceo Superior).

Coordenador: Francisco Sergio Bernardes Ladeira.

Financiador(es): Universidade Estadual de Campinas – Auxílio financeiro.