1º Espaço de Diálogo PROFitos BioAM: Dra. Tatiana Schor e Mariana Cohen (SEDECTI/AM)

Quais as oportunidades para a promoção dos fitoterápicos numa bioeconomia amazônica?

Como transformar o potencial das plantas medicinais amazônicas em política de promoção de bem estar – especialmente para a região, mas com transbordamentos que interessem às outras regiões do país? E a organização e difusão de informações, estatísticas, dados para contribuir com os trabalhos com fitoterápicos? Como tratar as “bioeconomias” amazônicas?

O que é o Espaço de Diálogo do PROFitos BioAM?

É um evento interno promovido para entrevistar, dialogar, refletir e ampliar as percepções, compreensões, informações e definições sobre temas importantes para o projeto. Para isso, são convidados especialistas de diversas áreas para um bate-papo guiado por perguntas pré-definidas pela equipe do projeto.


Ciência, Tecnologia e Inovação na Bioeconomia Amazônica

Com o objetivo de entender melhor o potencial dos fitoterápicos no panorama da bioeconomia amazônica e a atuação do governo do estado em promoção de políticas públicas, o evento realizado em março de 2022 contou com a equipe do PROFitos BioAM, a convidada então secretária Dra. Tatiana Schor e Mariana Cohen, ambas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI) do estado do Amazonas.

Convidadas do 1º Espaço de Diálogo

Dra. Tatiana Schor, atualmente exerce cargo de Secretária Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, é professora no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), pesquisadora dos programas de Pós-Graduação em Geografia do Departamento de Geografia e do Programa em Ciências Ambientais e Sustentabilidade na Amazônia do Centro de Ciências do Ambiente, ambos da UFAM.

Mariana Cohen, atualmente assessora do Departamento de Ações Estratégicas e Bioeconomia na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas – SEDECTI/SECTI, é bióloga pela Universidade Estadual Paulista (2016) e pós-graduada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (2019).

1º Espaço de Diálogo do PROFitos BioAM, com a convidada Dra. Tatiana Schor (SEDECTI)

“Redes de Conhecimento Produtivo”

Alguns pontos levantados durante o diálogo incluem a importância de fortalecer e extrapolar os muros das Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), além do mapeamento de instituições e informações das “Redes de Conhecimento Produtivo”. Este termo, paralelo aos Arranjos Produtivos Locais, tem sido empregado para substituir o termo “Cadeia Produtiva”, no qual se sugere uma onde todos os elos encontram-se bem definidos, o que não reproduz a realidade.

A atração de indústrias farmacêuticas do eixo Sul-Sudeste para a Amazônia é um desafio grande, vide o incipiente ecossistema de ciência, tecnologia e inovação na região Norte, mesmo considerando os atrativos fiscais da Zona Franca de Manaus. Para integrar oferta e demanda por fitoterápicos amazônicos, a curto prazo, a Farmácia Viva demonstra-se alternativa viável na região Norte, com a salvaguarda dos conhecimentos tradicionais associados dos povos tradicionais em relação às espécies amazônicas.

Interiorização da Bioeconomia na Amazônia

Para a promoção da política de bem estar e do desenvolvimento de uma bioeconomia no estado, algumas alternativas foram mencionadas por Schor e Cohen. Por exemplo, a articulação com municípios para que se integre um plano estratégico de bioeconomia nos planos plurianuais municipais, com ações como a estruturação e organização de banco de dados. Tal plano estratégico de bioeconomia deve focar em produtos de uma matriz da sociobiodiversidade que interessem ao município, com exceção da farinha e do peixe.

Além de incluir a Bioeconomia na agenda municipal, a descentralização dos polos de inovação para o interior do estado, com apoio das instituições públicas de ensino, pesquisa e inovação, é importante para sua concretização no estado. 

Nesse ponto, Schor menciona articulação para a construção do Polo de Inovação “Saberes da Floresta” na região do Alto Solimões, território que abriga três Instituições de ciência e tecnologia brasileiras (UEA, UFAM e IFAM), além duas colombianas (Universidad Nacional de Colombia, UNAL, e o Instituto Amazónico de Investigaciones Científicas, SINCHI).

Com apoio do Polo BioAmazonas e do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a SEDECTI tem direcionado investimentos em laboratórios dessas instituições brasileiras para realização de análises (de solo, de água, fitossanitária, etc.), que são “condições pré-competitivas de estruturação de mercados”, segundo Schor, fundamentais para atestar a qualidade dos produtos desenvolvidos.

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1º Espaço de Diálogo PROFitos BioAM: Dra. Tatiana Schor e Mariana Cohen (SEDECTI/AM)