PROFitos BioAM participa de evento na Universidade de Salamanca

Projeto discutiu limites e recomendações da bioeconomia durante o congresso “A Amazônia brasileira: problemas e desafios”

Promovido entre 28 de março a 1º de abril de 2022 pelo Centro de Estudios Brasileños da Universidade de Salamanca, Espanha, o evento abraçou diversas temáticas, tais como educação, socioeconomia e governança.

A bioeconomia é um tema complexo e emergente na Amazônia. Mergulhando nesse debate, o projeto PROFitos-BioAM apresentou resultados parciais de pesquisa que exploram as percepções de diferentes atores a respeito do assunto, durante o Congresso Internacional de Ciências Sociais e Humanas “A Amazônia brasileira: problemas e desafios”.

A equipe do PROFitos apresentou a comunicação “Bioeconomia, fitoterápicos e conhecimentos tradicionais amazônicos: desafios e recomendações”. Este trabalho é assinada pela pós-doutoranda Carla Águas e pela professora Leda Gitahy, ambas do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp.

Professora Dra. Leda Gitahy participa do Congresso Internacional de Ciências Sociais e Humanas “A Amazônia brasileira: problemas e desafios”, promovido pelo CEB, da Universidade de Salamanca, Espanha

Cartografia de controvérsias

Recorrendo à etnografia virtual, a pesquisa – atualmente em andamento – analisa webinários sobre bioeconomia e conhecimentos tradicionais. Assim, desenha uma cartografia de controvérsias que busca entender as principais lacunas e potencialidades apontadas pelos atores.

Dra. Carla Águas, pós-doutoranda, bolsista do PNPD-CAPES atuando no PROFitos BioAM, durante o evento, explica a abordagem da etnografia virtual como estratégia metodológica da pesquisa

Com o uso de mapas mentais, o resultado apresenta a sistematização de desafios e recomendações debatidos durante os cinco eventos virtuais até então analisados, dentre os quais:

  • as dificuldades de delimitação do próprio conceito de bioeconomia e sua apropriação pelos povos amazônicos;
  • os riscos de commoditização dos produtos e os caminhos para sua prevenção;
  • as dificuldades de diálogo entre os saberes e as possíveis respostas para sua superação.

Assista a exposição na íntegra

Durante o congresso, feito na modalidade virtual, transmitiu-se vídeo (ver abaixo) e submeteu-se um artigo, a ser publicado nos anais do evento.

Reflexões emergentes

Como enfrentar as assimetrias de informação – quais linguagens, formatos? Como avançar com a bioeconomia em um contexto de ameaça aos territórios, que enfrentam invasões, garimpo, desmatamento, entre tantas outras violências? Essas e outras perguntas, emergentes na etapa parcial de pesquisa apresentada durante o congresso, hoje motivam a continuidade do trabalho. O qual também incluirá casos virtuosos que poderão apontar novos caminhos possíveis para a interação entre os temas conhecimento tradicional, bioeconomia e desenvolvimento local, incluindo fitoterápicos.

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