Atividade de campo do II Workshop Internacional de Geomorfologia do Quaternário: Geocronologia de Ambientes Fluviais e Costeiros

A atividade de campo do II Workshop Internacional de Geomorfologia do Quaternário: Geocronologia de Ambientes Fluviais e Costeiros, realizada de 5 a 14 de março de 2023, permitiu aos participantes percorrer um trecho do litoral brasileiro, possibilitando o estudo in loco das características geomorfológicas e ambientais de diversos pontos visitados, nos estados do Rio de Janeiro e Bahia.

Pesquisadores participantes da atividade de campo do II Workshop Internacional de Geomorfologia do Quaternário: Geocronologia de Ambientes Fluviais e Costeiros

Um dos pontos visitados foi a praia da Lagoa Doce, localizada no extremo norte fluminense, próximo ao limite com o estado do Espírito Santo, onde foi visto o contato da planície costeira com os sedimentos do grupo Barreiras, marcado pelo início da presença de pequenas falésias ativas no litoral. Neste ponto, foi enfatizado o contexto geológico do grupo Barreiras e suas relações com a paisagem nas áreas onde esse material está presente. Também foi realizada uma visita ao distrito de Atafona, localizado no município de São João da Barra-RJ, onde foi observado um dos mais intensos processos de erosão costeira do Brasil e do mundo.

Contato da planície costeira com os sedimentos do grupo barreiras

No estado da Bahia, visitou-se a área urbana localizada às margens do rio Jequitinhonha para visualizar os efeitos das alterações da dinâmica fluvial no baixo curso e seus impactos na área urbana central. Também foi visitada a margem direita na foz do rio Jequitinhonha para visualizar as alterações morfológicas na paisagem ocasionadas pela construção de uma barragem localizada a 120km a montante do canal principal, que vem desencadeando processos erosivos no litoral.

Foz do Rio Jequitinhonha, Bahia. Fonte: Laboratório de Geomorfologia da Unicamp.

Também foi visitada a foz do rio Buranhém e o litoral adjacente para visualizar a importância do recife de coral como barreira de proteção natural para defesa do litoral, bem como o papel da restinga sobre os baixos terraços marinhos como elementos mitigatórios para o processo de erosão costeira. Dentre outros pontos visitados, destaca-se a foz do rio da Barra, na porção inferior do tabuleiro costeiro onde se localiza o centro do distrito de Trancoso. Durante cada parada, ocorreram aulas expositivas.

Processo de erosão costeira em Porto Seguro, Bahia. Fonte: Laboratório de Geomorfologia da Unicamp.

A atividade de campo do II Workshop Internacional de Geomorfologia do Quaternário: Geocronologia de Ambientes Fluviais e Costeiros permitiu a visita a mais de 20 pontos no trecho litorâneo entre os estados de São Paulo e Bahia, com a participação de professores e pesquisadores brasileiros: Archimedes Perez Filho (IG/UNICAMP – SP), Fabiano Pupim (UNIFESP), Felipe Gomes Rubira (UNIFAL), André de Oliveira Souza (UFOB), Vinícius de Amorim Silva (UFSB) e Eduardo Bulhões (UFF), além de internacionais, como Maria Vitória de Soto Bäuerle (Universidade do Chile), Sergio Bravi, do Departamento de Ciências da Terra, do Ambiente e dos Recursos (DiSTAR) da Universidade de Napoli Federico II, Pedro Manuel Rodrigues Roque Proença e Cunha (Universidade de Coimbra).

Pesquisadores participantes da atividade de campo do II Workshop Internacional de Geomorfologia do Quaternário: Geocronologia de Ambientes Fluviais e Costeiros

Também participaram da atividade de campo os doutorandos Samuel de Amaral Macedo, integrante do Núcleo de Estudos Ambientais e Litorâneos (NEAL), Bruno Araújo Torres, Luca Lämmle, David Oldack Barcelos Ferreira Machado e Joyce Santiago Moreira, que são integrantes do grupo de pesquisa “Análise Ambiental e Dinâmica Territorial” (AADT), além dos mestrandos Matheus Moriconi Prebianca e Paulo Henrique Moraes de Souza, que também são membros do AADT.

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