Campinas-Brasil

ISSN 1980-4407

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A noção de ciclo em geomorfologia

Claude Klein

Tradução feita por Wilian Zanete Bertolini do original em francês "La notion de cycle en geomorphológie". Publicado em "Revue Geólogie dinamique et de geographiephysique.v.26, fasc 2, p. 95-107. Paris.

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ABSTRACT The notion of cycle in geomorphology: After giving an analysis of Davis' fixist point of view, and of Penck's mobilist one, the author adopts the balanced appraisal expressed by J. Leighly, some fifty years ago: "I think that a thorough examination of the two systems will lead to the discovery of useful ideas in both, and in both ideas that should be rejected... The ideal, complete theory of the future will include part of Penck and part of Davis, but not all of either". Examples taken from Western and Central Europe show that erosion surfaces belonging to sedimentary basins and the periphery of surrounding old lands are indeed acyclic planation surfaces. They also show that, genetically speaking, such planation surfaces are much more closely linked with the Penck's Primärrumpfe (= primary peneplains) than with Davis' peneplains (Endrumpfe = end-peneplains). Inversely, from the Amorican to the Bohemian massif, the piedmont benchlands (= marginal benches) observed on the slopes or at the foot of many variscan massifs are evidence, in all likelihood, of pulsational uplifts (as Davis saw it), rather than of continuous crustal movements, gradually accelerated, according to Penck's views (waxing development). Far from being mutually exclusive, polycyclism and acyclism are two geomorphic evolutionary models which are not only compatible, but also complementary.


Key-words:
Geomorphic cycle, Polycyclism, Polygenetic, Acyclism, Piedmont benchland, Inselberg landscape.


RESUMO É pelo viés da noção de ciclo que W.M. Davis introduziu o fator tempo em geomorfologia. Em regime estável e rocha homogênea, o comportamento das formas do relevo se modifica, de maneira sistemática, do estágio de juventude, que inaugura o ciclo, ao estágio de velhice que o encerra, passando pelo estágio de maturidade. A análise desses estágios repousa sobre o conceito de equilíbrio, o qual constitui o verdadeiro pivô da teoria davisiana. Quando nenhum "acidente" de ordem eustática, tectônica ou climática perturba o curso linear de um ciclo de erosão, as forças e resistências na morfogênese se condicionam e se limitam mutualmente: o sistema evolui como um sistema fechado de variáveis interdependentes. O modelo cíclico tem o melhor de sua coerência nessa abordagem sempre qualitativa e mecanicista. A principal fraqueza do ponto de vista antagônico de Walther Penck reside precisamente no fato de que o autor baseou sua teoria de evolução ascendente e evolução descendente sobre a análise de situações de desequilíbrio, nas quais os fatores endógenos da morfogênese impõem sua força aos fatores exógenos sem depender deles. Não há, entretanto, nenhuma razão para se fechar no falso dilema de ter que se escolher entre Davis e Penck. Exemplos emprestados da Europa herciniana mostram que as superfícies de erosão associadas às bacias sedimentares e às partes altas dos maciços antigos periféricos são aplainamentos acíclicos, e que esses aplainamentos são, geneticamente falando, muito mais aparentados aos Primärrumpfe de Penck do que aos peneplanos davisianos. Inversamente, do maciço armoricano ao maciço da Boêmia, os níveis de erosão escalonados que se observam nos flancos ou no sopé de numerosos maciços antigos testemunham um ritmo tectônico descontínuo, de estilo davisiano muito mais provável que movimentos da superfície contínuos, gradualmente acelerados, como pensava Penck. Longe de se anularem, o policiclismo e o aciclismo são, portanto, dois modos de evolução geomorfológica, não somente perfeitamente compatíveis, mas, admiravelmente, complementares.


Palavras-chave: Ciclo geomorfológico, Policiclismo, Poligenia, Aciclismo, Patamares de piedmont, Superfície com inselbergs.

 

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